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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Às vezes o amor está onde menos se espera

Oi, gente,
quero começar o post de hoje agradecendo a todas as visitas nesses últimos dois dias. Minha opinião sobre a matéria da revista Veja foi bastante compartilhada nas redes sociais e isso acabou trazendo um monte de pessoas novas aqui para o blog. Sejam muito bem-vindos. Podem se sentir em casa.

Aqui, falo minha opinião sobre diversos assuntos. Trato um pouco sobre maternidade, algumas atividades que faço com minha filha de dois anos. Converso um pouco sobre processo criativo, já que sou aspirante a escritora. Assim como mostro um pouco do meu trabalho nessa área. E, além disso, escrevo resenhas de livros. Inclusive livros infantis.

É isso que farei hoje. Uma resenha do livro infantil: Às vezes o amor está onde menos se espera.

Dias atrás, publiquei um post sobre uma promoção da Editora Brinque-Book, livros por cinco reais. Eu comprei cinco dos seis títulos indicados. Falei sobre o frete, que acabava sendo mais caro do que a compra em si, mas, que no final das contas, ainda valia a pena. Pois bem, recebi os livros na terça passada. Impecáveis. Dei uma folheada. Li. E até demorei um pouco para assimilar. Agora vim fazer a resenha sobre Às vezes o amor está onde menos se espera.

Nesse livro, acompanharemos a relação familiar a partir da perspectiva de um cachorro: Kevin. Kevin é muito querido por sua família que consta de pai, mãe e duas crianças. Entretanto, ele é simplesmente apaixonado por Bruno, o pai. Bruno não lhe dá a menor atenção. Mesmo assim, Kevin o admira e sonha em assistir ao futebol no colo do dono. Certo dia, Bruno fica doente. Como está prostrado na cama, Kevin fica impedido de vê-lo. E o cachorrinho luta para não esquecer o rosto de Bruno. Em uma madrugada, para a surpresa de Kevin, Bruno, exausto, desce do quarto e pega o cachorro no colo. Kevin está empolgado e faz um esforço enorme para agradar o dono, para compreendê-lo. Bruno não é muito carinhoso e o cachorro tem dificuldade para entender o que ele deseja ou precisa, ainda assim, esforça-se para acompanhá-lo. Durante a doença de Bruno, a amizade entre os dois se fortalece. Mas Bruno jamais usa palavras de carinho para tratar com Kevin. quando o dono fica bom novamente, passa a tratar o animal com mais atenção, porém, nunca diz que o ama.

Achei esse livro muito corajoso. A historinha pode parecer tensa, afinal, o tema é cabuloso, mas a intenção é mesmo essa: tratar de relações onde as pessoas são incapazes de falar de amor. As ilustrações, sempre em tons fechados, com muito cinza e com cenários enormes, visto que o ponto de observação é o do cachorro, deixam clara essa sensação de solidão e desespero pelos quais passam as pessoas que amam e não se sentem correspondidas.

O tema é pesado, mas precisa ser tratado. Pois quantas são as crianças que não passam pela mesma situação de Kevin? Crianças que procuram desesperadamente por demonstrações de carinho de seus pais e avós e só recebem sermões e secura. A escolha do protagonista animal suaviza a situação. Afinal, espera-se de um bichinho tamanha lealdade, atitude não tão natural nas pessoas magoadas. Porém, a identificação com a figura de Kevin é imediata. E, quando o bichinho entende que existe amor, mesmo que não seja demonstrado da maneira mais comum, espera-se que esse entendimento sirva de bálsamo para diversos corações infantis também. E que eles possam se sentirem amados da mesma forma.

Uma das funções da literatura infantil e ensinar as crianças a lidarem com algumas emoções. Tenho visto isso com frequência aqui em casa. Sempre que Bia tem empatia com algum personagem que está sofrendo, ela pede para fechar o livro. Não quer ver o restante da história. Pois a dor do personagem passa a ser dela. Parece um aspecto negativo, mas não é. Através dessa empatia tão forte que se estabelece entre criança e personagem, podemos lidar com diversos problemas difíceis de explicar para crianças pequenas, como racismo, divórcio, morte e falta de demonstração de carinho.

Segundo a editora, a obra é indicada a partir de 6 anos. E eu concordo com essa indicação. Acho que crianças menores ainda não saberiam reconhecer esse tipo de sentimento. 

A linguagem é simples. E tem pouco texto por página, as frases são curtas, com vocabulário simples. Mas tem muitas páginas para crianças bem pequenas conseguirem acompanhar a história toda. Bia acabaria desistindo no meio, no máximo, veria as figurinhas até o final. Talvez, seja um bom livro para crianças recém alfabetizadas. Certamente, com alguma ajuda e interesse, elas conseguem dar conta da leitura sozinhas.

Colin Thompson é o corajoso autor e ilustrador por detrás dessa história. Os livros desse inglês de 73 anos têm essa pegada mais triste, lidam com sentimentos não tão fáceis nas relações familiares como a solidão e a aceitação das diferenças e dos erros. Acho muito importante existir gente assim no mundo. Pois, às vezes, queremos mostrar o mundo perfeito para nossas crianças e simplesmente nos esquecemos de como é difícil ser gente e lidar com outras pessoas. Os livros, então, podem gerar a identificação que a criança precisa para se entender nesse universo complicado das relações sociais

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Bela, recatada e do lar

Semana passada a revista Veja se superou com a matéria sobre a "quase" primeira-dama, Marcela Temer. Com uma pegada muito mais Caras do que Veja, a revista tentou vender "inocentemente" a imagem imaculada de família feliz do pmdbista. Exemplo a ser seguido. Afinal, Temer tem sorte.

Essa revista é um perigo para qualquer incauto. Cria verdades quando a realidade não convém. E qualquer analista de discurso pode encher linhas e linhas de tese sobre sua imprensa pouco preocupada com os fatos e suas afirmações tendenciosas. A revista Veja há tempos não vale a pena. Talvez nunca tenha valido. Provavelmente não.

Mas, nós vivemos em um país de analfabetos funcionais, um país que cita a revista Superinteressante como revista científica. E isso vem de um grupo escolarizado e informado a ponto de comprar/assinar revistas, portanto, nesse perfil, Veja é informação. O que me leva a pensar que a escola precisa mudar: URGENTEMENTE! Pois escola cara não necessariamente quer dizer escola boa. Enquanto a escola servir o interesse do mercado, é isso que teremos. Gente que passa anos nos bancos escolares, que compra um papel, mas pensar que é bom... Alunos ainda. Do latim: seres sem luz.

E são esses seres que não veem problema algum nessa matéria. Afinal, as feministas defendem as mulheres. Deveriam defender todas as mulheres. Inclusive as que escolhem ser do lar. Para você que pensa assim, vamos elucidar alguns pontos sobre a análise do discurso em questão. Percebendo não apenas o que está escrito, mas o que fica subtendido. E, principalmente, o que é negligenciado nessa matéria.

Antes de qualquer coisa, quero que Marcela Temer seja muito feliz com seu velhinho. O amor é mesmo uma flor roxa. Quem pode julgar uma miss de vinte anos que se apaixona por um político de 62 anos? Às vezes, o sentimento vem bem físico, às vezes, é uma coisa de interesses em comum. Certamente, a beleza de Marcela foi algo menor diante da conexão das almas, até a mãe dela percebeu que se amavam muito. E fica bem claro que, tornando-se primeira-dama, desempenhará o papel como lhe cabe e como a revista prevê: bela e recatada. Já que talvez possa parecer escandaloso para algum olhar uma mulher tão jovem com um homem mais velho. Ela corre risco ao usar batom vermelho, por exemplo. Tanto por ser associado a todo mal do mundo (PT), quanto por correr o risco de ser mais Evita do que Grace Kelly.

Como disseram na internet, queria só ver se fosse a Dilma com um cara, não 43 anos mais jovem, bastava dez, bonito não como Marcela, como uma pessoa comum deve ser, o que será que essa revista escreveria? Provavelmente, teceria elogios sem fim. Afinal, o machismo não existe. E as feministas reclamam de tudo. Acho que é falta de rola.

Mas a Dilma não é bonita. É feia. E a beleza, em uma mulher, é condição sine qua non para exercer qualquer função, inclusive governar um país. Não, espera, mulheres têm TPM, isso imediatamente as desqualifica para quaisquer funções administrativas. Pois elas podem ter crises de nervos!

Ironias a parte. Acho que Marcela faz muito bem. Por amor, por interesse, por conveniência... Não interessa. Marcela, seja feliz! Pague suas contas. Compre seus vestidos. Vá no seu cabeleireiro famoso. E no seu dermatologista das estrelas. Bela, definitivamente, você já é. Recatada: problema seu e da posição que assumiu. Agora, do lar...

A revista faz uma diferença interessante. Marcela não trabalha. Marcela é do lar. Essa parte me ofendeu. Talvez a parte que mais tenha ofendido. Marcela não lava roupa. Marcela não limpa o chão. Marcela não passa, não tira pó, não faz comida. Pelo que entendi da matéria, Marcela monitora o facebook. Marcela, gente, é dona da casa, pode até ser uma pessoa caseira, sei lá, mas Do Lar, ela não é não. Em consideração a todas as pessoas (não só mulheres) que assumiram essa função de tempo integral, sem folga, férias, licença ou qualquer outro benefício, não posso admitir que Marcela seja do lar. Porque Marcela tem a parte, digamos, glamourosa do cuidado do lar, como comprar um vaso de cristal que orne bem a sala de jantar, mas, definitivamente, Marcela nem deve se lembrar de como se lava um banheiro.

O problema maior, entretanto, está em vender Marcela como um exemplo. Afinal, Temer tem sorte. O homem que pode ter uma mulher bonita, recatada e do lar. O homem que tem uma ninfeta na cama, que o incendeia como ele diz em seus versos, mas que na rua exerce o papel que se espera dela, a ponto de não feri-lo enquanto homem sério, incapaz do dito ataque de nervos típico das pessoas que sofrem com a TPM.

Existem mulheres de todos os formatos e cores. Nem todas serão belas, magras, brancas e loiras como Marcela, nossa quase miss. Existem mulheres temperamentais, mulheres afetadas, sexualizadas, escandalosas. Existem advogadas, médicas, pedreiras, caminhoneiras, prostitutas e professoras. Mulheres caseiras, evangélicas, donas de casa. Musas fitness que não sabem nem como se cozinha um ovo. Mulheres que não nasceram mulheres biologicamente. Mulheres que amam outras mulheres. E é sempre uma sorte encontrar com elas. Inclusive com uma Marcela. Por isso mesmo, Marcela não é prototípica, Marcela, no seu perfil homogêneo, não nos representa. Pois ela é exatamente tudo que esperam que a gente seja e exatamente tudo que a gente não faz mais questão de ser.

Nosso sonho não é ter mais um filho com o Mi. Embora algumas de nós sonhem em ter mais filhos. Nosso sonho é um país onde uma mulher feia, mesmo sendo feia, pode terminar o mandato para o qual ela foi eleita pela maioria.  Porque isso sim é democracia. E porque isso sim representa a metade dos eleitores desse país, mesmo com um legislativo tão incipiente de figuras femininas. Porque isso sim é exemplo do que uma mulher pode desejar ser...

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Quanta independência!

Sábado passado foi dia de reunião de pais. Eu não pude ir. Era sábado letivo na escola. Mas o maridão foi e recebeu muitos elogios à pequena. Criança colaborativa. Carinhosa. Saudável. Alimentação primorosa. Extenso vocabulário. Desenvolvimento acima do esperado para a faixa etária. Enfim, elogios de todas as naturezas. Inclusive à nossa postura e participação como pais (achei bem legal isso, não pelo elogio, mas pela percepção da equipe pedagógica. Quem não gosta de receber um feedback positivo no meio de tantas dúvidas?).

Quando se coloca um filho na escola (principalmente cedo como a Bia foi), debaixo de inúmeros medos, deve estar a certeza de que estamos fazendo uma escolha pelo bem. Uma babá nunca foi uma opção para nós. Não temos dinheiro. Não temos confiança. E acreditamos que a escola traz muito mais benefícios. Dentre eles, a independência.

Já trabalhei com educação infantil. É um assunto que me atrai enquanto cérebro pensante. Racionalizo e estudo a respeito. Conheço algumas das armadilhas da maternidade. E, ainda assim, reconheço minhas limitações. Depois de criar um bebezinho extremamente dependente, suprir por tanto tempo todas as suas necessidades, perceber que ele consegue fazer sozinho é uma tarefa bem difícil. Já vi gente bem mais preparada do que eu falhar nesse aspecto. Deixar a mãe vencer a educadora.

Além disso, a escola é lugar de interação infantil. Coisa que não posso oferecer à minha filha. Lá ela também aprende pelo exemplo com outras crianças. A maioria das vezes, coisas boas. Mas, para ser sincera, até as coisas ruins são necessárias como uma mordida e um puxão de cabelo. A galera dos direitos humanos vai ficar chocada. Porém, a verdade é que, na educação infantil, você vai explicar que bater é feio, ensinar a resolver conversando e tudo mais... Entretanto, se a criança só apanha e não revida, esse é um problema bem mais sério do que dar ou levar uma dentada de vez em quando.

Por conta de tantos aprendizados, às vezes você se dá conta de que seu filho é um ser diferente de você, com valores próprios e um outro conhecimento de mundo. Ou seja, ele faz coisas que você não ensinou. Já vivemos várias situações assim. Vou contar uma das mais recentes.

No domingo, acordamos mais tarde e não fomos à praia como é nosso costume. Levamos a pequena para a piscina do condomínio onde ela brincou até cansar. Depois, banho e lanche.

Resolvemos fazer o almoço em casa mesmo. Tinha um feijão verde que ela adora e pensei em preparar. Na hora do preparo, entretanto, percebi que o feijão estava mofado. Raphael, então, saiu para comprar mais, o que acabou atrasando um pouco o processo. Mas estava tudo sob controle.

Por volta de onze e meia, a Bia me aparece na cozinha pelada, com a fralda na mão para jogar no lixo. Ela está numa fase que tudo que encontra pela casa, amassa e joga no lixo, tem que ter o maior cuidado com as contas e os brincos. Jogou a fralda na lixeira e disse: "Banho", "Bacia". E foi para o banheiro.

Fiquei impressionada com tamanha independência e vontade de tomar banho. Já que ela tinha tomado banho havia pouco tempo. Mas, enfim, ela sempre gostou de água mesmo...

Foi então que o Raphael me explicou outra parte da história e eu fiquei ainda mais impressionada com a atitude da minha filha. Ele contou que a professora disse que a Bia é muito correta com os horários da escola, inclusive os das refeições. E que a rotina do almoço envolve o banho, arrumação e depois a comida. Disse ainda que, quando a Bia está com fome, não interessa o que estejam fazendo, ela já começa a tirar a roupa e a entrar debaixo do chuveiro para apressar as coisas.

Ou seja, na lógica dela, o banho de bacia era apenas a forma que ela encontrou de o almoço sair mais cedo. Uma clara relação de causa e efeito. Ainda que a hipótese seja falha. Mas é exatamente assim que o cérebro humano se desenvolve e se relaciona com as coisas no mundo.

Gostei demais da iniciativa dela. Atitudes assim me dão a certeza de que fizemos até agora algumas escolhas certas.


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Pedido de livros

Oi, gente,
dia bem difícil para ser brasileiro. Ainda estou com ânsia. E com medo. Muito medo. Pelo país em que minha filha crescerá...

Não tenho forças para discutir o óbvio com quem não enxerga um palmo diante do nariz. Qualquer um, penso, mesmo que acredite que o impeachment é a melhor opção, deve ter ficado com vergonha do espetáculo obsceno a que todos fomos expostos ontem. E se não ficou, é cego (da pior cegueira que existe), burro ou conivente. Três tipos de pessoa que não me interessam nem um pouco.

Mas a vida tem que continuar. E este não é um post sobre política. 

Recebi, nesse final de semana, as correções do espanhol feitas em Resposta pelo querido amigo Victor Lima. Nem sei como agradecer. Fico devendo essa. Em todo caso, nessa segunda, arrumei o arquivo e o publiquei no Clube de autores. Vocês podem ver o link aí no lado esquerdo do blog. Fofura!

Enfim, por conta desse lançamento, estarei fazendo um pedido de livros. Sei que várias colegas querem números para completarem suas coleções, então, estou aceitando pedidos. Ok? Basta entrar em contato comigo até quinta que adiciono o seu pedido ao meu.

Preços com o frete:
Do seu lado - R$35,00
Pra você guardei o amor - R$40,00
All Star - R$40,00
Por Onde andei - R$40,00
Resposta - R$40,00

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Próximas Aventuras

Resposta está em fase de correção. Algo que não depende mais de mim. E a cabeça já começa a pipocar  sobre o próximo e último volume da série Nando. 

Como eu havia dito antes, a galera do colégio Santa Inês vai se despedir da gente nesse sexto livro que, provavelmente, vai se chamar De janeiro a janeiro. Assim como o Pra você guardei o amor, também não gosto tanto do título, mas a música traz a vibe que me interessa para o reencontro (não necessariamente amoroso, aviso logo) de Vinícios e Maria Lúcia, agora adultos.

Várias cenas já estão em pleno andamento na minha cabeça. Sei que esse livro será especial, pois terminar uma saga é tão difícil quanto começá-la. E quero que meus leitores guardem para sempre esses personagens no coração. Então, a maneira como farei o desfecho é fundamental para manter essa sensação de saudade que já toma conta de mim e que vai tomar conta de vocês em breve.

Não garanto agradar a todos. Porém, juro que vou manter a coerência. Os personagens vão continuar agindo como eles mesmos, ainda que crescidos. E o tchau vai ser difícil para todos nós. Mas garanto que eles ficarão bem...

Juntamente com os seis livros da série, vou disponibilizar também um livro de contos. Esses que eu publico aqui na seção Relicário (coluna à direita no blog). Ao todo, serão quinze contos. Sobre diversos personagens dos livros. Incluindo os pais dos meninos. E algumas cenas da infância deles. Além de cenas do futuro. 

É uma delícia escrever Relicário. Estou louca para fazer o décimo quinto conto, mas vai ser um spoiler imenso, então, só publico quando terminar o sexto. Já o décimo quarto conto, ainda não decidi sobre quem será, estou na dúvida se falo sobre Rosana ou Guilherme. Mas ainda pode ser sobre qualquer outro, não está nada definido.

Além disso, já estou pensando no futuro. Tenho dois projetos em mente para quando a série acabar. O primeiro é um livro único. Uma releitura do mito Eros e Psiquê que eu adoro, mas ainda não me acho capaz de fazer. Faltam vários detalhes da narrativa. Penso às vezes sobre ele, tenho ideias, só que organizei muito pouco... Enfim, futuro.

O segundo projeto é do passado. Não sei se vocês sabem, mas escrevi a primeira versão de Do Seu Lado quando tinha 18 anos, mas perdi a cópia porque o computador quebrou. Fiquei com ódio por muito tempo e sem querer saber dele. Nesse período, antes de retomá-lo, comecei a escrever duas outras histórias, uma perdi completamente, mas a outra ainda está nos meus arquivos.

Outra série. Sobre cinco irmãs. Todas com nomes de flores. Série Canteiros. Provavelmente, é o que vem por aí...


terça-feira, 12 de abril de 2016

Exposição Hélio Oiticica - Espaço Unifor

Na semana passada, antes da gripe pegar a Bia de jeito, depois de muito enrolar (na verdade, nunca dava certo), resolvemos ir à exposição do Hélio Oiticica no Espaço Unifor.

A coleção de arte dos Queiroz é impressionante por si só. Conta com artistas renomados de Botero a Vik Muniz. Com várias obras bacanas em exposição na Unifor. E, muito pelo fato de ser uma fundação, a Unifor investe em diferentes mostras de arte durante o ano. É o caso da Estrutura Corpo Cor do Oiticica que está lá atualmente.

Hélio Oiticica é um dos maiores nomes das artes plásticas brasileiras. Alguém que fez frente com sua obra ao regime ditatorial brasileiro. Aos meus alunos, indico a ida. E a leitura sobre o artista. Esse ano é um ano propício para questões sobre ditadura no ENEM devido às atuais conjecturas políticas e ao apoio das universidades federais (cujos professores fazem as questões do certame) à manutenção do atual governo.


Aviso, entretanto, que é uma experiência bem clichê em termos de artes plásticas. Será exatamente aquilo que você espera. Um monte de coisa sem explicação. Garrafa com água colorida cercada por arame. Um pote de conchas. E um monte de terra. Ou seja, o sentido passou foi longe.

Oiticica tem instalações mais interessantes do que as que vieram. Mesmo assim, tem umas duas ou três obras interativas que vão valer a visita e a foto no facebook. 

Com relação a crianças, o espaço está mais adaptado para recebê-las do que em exposições anteriores. Além das obras em si. Algumas, como eu já disse, são interativas. foi montado uma sala com oficinas, onde os monitores deixam as crianças montarem parangolés e interagir com cola e papel, imitando obras ou dando a elas novas interpretações.

Foi um passeio bem legal. Bia demorou um pouco para se soltar, mas acabou se divertindo. Em todo caso, vale a ida pelo simples fato de formar um público. Fiquei feliz, pois no momento em que estávamos lá, vimos vários pais com crianças pequenas. Sinal dos tempos.



Hélio Oiticica – Estrutura Corpo Cor
Abertura | 26 de janeiro de 2016, às 19hVisitação | 27 de janeiro a 1º de maio de 2016Local | Espaço Cultural Airton Queiroz (Av. Washington Soares, 1321, Bairro Edson Queiroz)Aberto ao públicoMais informações | 3477.3319

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Promoção de Livros infantis

Semaninha difícil! Pelo menos, fizemos os exames e a Bia não está com pneumonia, foi somente uma bronquite. Muito catarro, choro, remédio e exame. Mamãe aqui está o caco e o bagaço. A casa está de pernas para o ar. E a paciência, confesso, já se esgotou. Espero que essa semana seja um pouco melhor, embora a pequena não esteja ainda indo para a escola (o organismo precisa se restabelecer). Pelo menos, os sintomas já amenizaram.

A dica de hoje vai ser rápida, porque continuo tomando conta da Bia e escrever não é nada fácil com uma criança ativa procurando mexer em tudo que não pode dentro da casa. 

Estou completamente apaixonada pela editora Brinque-book. Vez ou outra vou lá paquerar com o sistema de assinaturas deles (falei sobre isso na semana passada). Certamente vou fazer algum dia. Mas, passeando pelo site, encontrei a parte promocional da editora. Vou deixar o link aqui.

São seis livros incríveis a R$5,00 cada.

Comprei cinco deles.

Não posso falar dos outros livros da lista promocional porque ainda não os conheço, mas, de antemão, gosto demais da qualidade gráfica dos trabalhos da editora, além disso, eles apostam em temas ousados como avós com Alzheimer, o que, por si só já vale a tentativa.

Por isso, vou falar especificamente de Folha de  Stephen Michael King. Eu já tinha tentado comprar esse livro antes, não o encontrei em um preço acessível. O premiado autor-ilustrador australiano tem livros encantadores e é recomendadíssimo pela revista Crescer, cuja indicação de livros infantis eu, particularmente, gosto muito. Nessa história, sem palavras, conhecemos um menininho que não gosta de pentear o cabelo e uma plantinha acaba nascendo na sua cabeça. 

Livros sem palavras são bacanas para crianças que não sabem ler ainda, pois podem contar a história sozinhas. Estou ansiosa pela reação da Bia.

Então, se você gosta de arriscar. Boas compras. Vou logo avisando que o frete aqui para o Ceará saiu caro, mais caro do que os livros, para ser sincera. Mesmo assim, só o Folha, normalmente, custa na faixa dos R$30,00. Gastei R$55,00 nos cinco livros. Acho que valeu.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Resposta - Missão Cumprida

Meu aniversário. Não gosto muito dele. Não pela passagem do tempo, mas porque não me traz boas lembranças. Então, nem precisa ficar me parabenizando. Não por isso...

Mas, coincidentemente, não é que termino um dos meus livros na quina dos trinta e quatro anos?
Não deixa de ser um presente.

Não foi um livro fácil. Eu me impressiono como meus personagens simplesmente cresceram. Estão adultos. E os problemas são outros. Tão mais sérios. Tão mais deles. Cada um com os seus próprios dilemas. Suas formas de pensar. É um grande exercício de empatia pensar como agiriam pessoas vivendo situações tão diferentes das que vivi.

Acho que já disse isso. Acho que esse blog fica bem repetitivo de vez em quando. Mas sempre tem gente nova chegando. Essas semanas, por exemplo, Do Seu Lado está passeando por entre as meninas do terceiro ano B. E elas, obviamente, já se apegaram ao Vini. E agora estão conhecendo Felipe. Ainda falam mal do André, vocês acreditam?

Vini que é personagem importante em Resposta. Novamente ele sai do segundo plano e figura entre os personagens principais. Vini precisa seguir adiante. E ele vai. 

Engraçado como Vini já está entranhado em mim. As falas e atitudes dele me vêm naturalmente. Acreditam? É quase como se ele fosse um ser a parte. Ele continua impecável como sempre. Em nenhum momento, existe atitude dele que o desabone. E, ainda assim, não acho que ele seja o cara mais bacana desse livro. Mas a escolha é de vocês...

Dizem por aí que os meus rapazes são incríveis. E eu vou ter de concordar. Cada um deles tem seu mérito. Tem algo de especial. Bom, em Resposta, vou colocar mais duas figuras masculinas sob os holofotes. E vocês vão poder escolher entre mais duas opções: Joaquim e Pedro.

Joaquim é o artista. Sensível e paciente. Ele é o adolescente que os outros personagens vão deixando aos poucos de ser. Intenso e corajoso. Rebelde e comprometido. Uma personalidade bastante particular. Deu trabalho construí-lo. Uma mistura de "na dele" com uma boçalidade típica dos que sabem que são talentosos. Joaquim está sempre disposto a ajudar a garota amada, mas gera expectativas demais em cima dela. E talvez a garota não esteja pronta para corresponder a tanto. 

O que posso dizer agora é que Joaquim trará um pouco das aulas de literatura que tive e dos meus amados professores que me deram os meus óculos cor-de-rosa para usar na hora de entender o mundo. Como eu gostaria que houvessem mais Joaquins nas salas de aula. Garanto que ele vai se misturar com vocês de tal forma que no final do livro, vai ser bem difícil largá-lo.

Já Pedro é o homem que todo mundo um dia já desejou. Sério. Bonitão. Bom pai. Com pitadas divertidas e uma pegada de adulto. Pedro cozinha. Pedro beija muito bem. Pedro não tem mais tempo para muitas atitudes adolescentes. Ao mesmo tempo, é um poço dos mais variados tipos de problemas. Como todo adulto, ele carrega um passado. E, como muitos de nós, ele não sabe o que fazer com ele. Suas atitudes ficam entre o milimetricamente calculado e a precipitação. Pedro é confuso.

Ainda assim, Pedro é o cavaleiro no cavalo branco. Sempre disposto a lutar. Mas nós sabemos que não existem príncipes encantados. E ele nem sempre fará boas escolhas. Entretanto, a maturidade me ensinou que, mais do que aquele que parece acertar sempre, devemos procurar pelo cara que sabe pedir desculpas e merece ser perdoado. E Pedro, definitivamente, é esse tipo de cara.

Bom, ainda vou dar uma última lida de cabo a rabo. Estou pedindo a amigos para me ajudarem com o espanhol. Mas, em breve (espero), vou disponibilizar a cópia impressa. Então, que os jogos comecem...

terça-feira, 5 de abril de 2016

Assinatura Brinque Book

Oi, gente,
a semana do meu aniversário começou mal. Tive uma alergia no olho como não tinha desde os dezoito anos. A Beatriz está com suspeita (bem longínqua, na verdade) de pneumonia. E eu, que pensava em uma semana de aniversário tranquila, ganhei três dias de atestado com uma criança chorona, vomitando e com febre (Tadinha!). São as agruras da maternidade.

De modo que sobrou pouco tempo para escrever. Nesse exato momento, Bia está aqui do lado num cochilo cheio de tosse. Eu estou torcendo que ela não vomite o pouco que comeu. Tomou remédio de enjoo, mas, às vezes, a tosse é tanta que o vômito vem assim mesmo...

Assim, a dica tem que ser curta. E nem garanto post para a semana inteira...

Hoje trago para vocês uma sugestão de assinatura de livros. Esse é um mercado que vem aumentando bastante. A ideia é a seguinte, você paga um pacote (mensal, trimestral, semestral ou anual) e recebe em casa livros indicados por especialistas para a sua criança.

Existem inúmeras vantagens nesse negócio. Primeiro, você recebe em casa o pacote, com o nome da criança. Só isso já vale a observação. A criança vai adorar receber algo pelos correios com o nome dela.  Em segundo lugar, os livros são escolhidos por faixa etária, o que facilita bastante o processo do pai leigo que não sabe se o livro é apropriado ou não. Terceiro, geralmente, os livros vêm com um material de apoio para os pais, para ajudar a incentivar a leitura e valorizar a fase de desenvolvimento da criança. Por fim, na maioria das vezes, sai mais barato do que comprar o livro em si.

Eu estava pesquisando uma dessas empresas para testar uma assinatura para a Bia. Vou deixar para o mês que vem, depois dos R$250,00 que gastamos na farmácia. Mas, quando eu for fazer, vou começar pela Brinque Book. Das pesquisadas, achei a mais atrativa. O preço é aceitável. Dois livros por R$59,00 mensais (se você compra livros infantis com frequência sabe que é um ótimo preço). Além disso, a lista de livros dessa editora é maravilhosa. Tudo muito bem produzido. E para completar, o frete é grátis.