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domingo, 3 de março de 2013

Pobre não tem sorte

Esse foi o livro que eu li ontem.
É um livro curtinho e do qual muita gente fala bem na internet. Não achei esses balaio todo não.
Primeira coisa a dizer: é uma produção independente, ou seja, a autora pagou para publicar. Fiquei feliz com o alcance do livro, fiquei mesmo, é bom saber que uma produção independente pode fazer tanto sucesso. O que pode vir a ser o caso do meu livro futuramente. Porém, o coitado do livro tem um horror de erro de português e de digitação. Olha, eu não sou daquelas professoras chatas que ficam corrigindo tudo, também sei que num livro de duzentas páginas, um errinho aqui e outro ali acontece e até escapa dos corretores. Mas, pelo menos na versão que eu peguei, nossa, são muitos erros! Muitos mesmo. Chama a atenção.
Além disso, sobre a escrita da moça, da Leila Rego, ainda não me decidi sobre tudo, mas, com certeza, não gostei quando a personagem fala diretamente com a leitora. Achei que o lance meio Machado de Assis nesse caso faz perder a credibilidade, enfim, para que a personagem contaria tantas coisas trágicas para a leitora desconhecida?
A história do livro é bacana. Parece com a série da Becky Bloom da qual eu gosto muito. Só que acontece em uma cidade do interior de São Paulo: Presidente Prudente. Vamos e convenhamos, deve ser muito difícil ser fashion numa cidade pequena desse jeito. A personagem principal é bem mimada e gasta o que tem e o que não tem para estar na moda e conquistar um lugar na sociedade prudentina. O nível de importância que ela dá para essa tarefa, provavelmente, é o ponto alto do livro. Afinal, imagina como deve ser relevante para a humanidade impressionar uma sociedade capenga do interior de São paulo? Não sei se foi a intenção da autora, mas achei de uma ironia fina.
A personagem, a Mariana, está de casamento marcado com um jovem médico rico, mas o rapaz é o que menos interessa. Ela só quer saber de preparativos do casamento, reforma do apartamento novo e o modelo do vestido. Um adendo, achei entediante a parte dos preparativos do casamento, são muitos detalhes, a maioria irrelevante para o enredo. A autora deve gostar de organizar eventos.
Enfim, a personagem é burrinha, chatinha, sem graça e muito mimada. Chega a ter vergonha dos pais. Até que o namorado a abandona no altar e as coisas começam a mudar. Nem tanto, se quer saber. Mas, pelo menos, ela começa a trabalhar, conhece gente nova e amigas de verdade. Achei que faltou trabalhar mais as consequências desse abandono, afinal, ser deixada no altar numa cidade pequena deve ser o assunto do ano. Acho que Mariana seguiu em frente rápido demais e nem ouviu os comentários cruéis que devem haver nesses casos.
A moça decide ir para a Capital tentar vida nova. Esse é o gancho para o livro dois. Antes de ir, ela bate um papinho com o ex. Essa parte eu achei bem legal, porque a personagem, depois de cair na real, tem coragem de dizer para o "senhor perfeito" que é o namorado dela que, de fato, nunca o amou. Foi de uma sinceridade comovente.
Ainda não sei se vou ler o segundo. Talvez eu tenha ficado curiosa para saber o que acontece com Mariana, talvez não, pode ser só essa crise que dá quando a gente lê um livro e a estória não termina direito. Às vezes, é preciso deixar o tempo passar.... Vou ver... Se estiver bem baratinho, pode ser que eu leia.

Um comentário:

  1. O título chama atenção, mas depois de ler essa resenha... sei lá.. perdi a vontade.

    Bjs!

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