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sábado, 9 de fevereiro de 2013

Sábado à Noite


Talvez eu esteja velha. Cheguei a esta conclusão. Porque eu, de fato, não gostei desse livro. Achei a capa linda. A autora, nossa, parece ser uma fofa, mas o livro...
Adoro estórias adolescentes, acho mesmo que só nessa idade se é capaz de ser tão confuso, tão apaixonado e tão bobo sem soar ridículo. Escrevo sobre isso também.
Só que, infelizmente, Babi Dewet não me convenceu. Primeiro, senti falta de conhecer os personagens, que são muitos, cinco rapazes e cinco moças. E como nos filmes antigos dos Trapalhões com o Grupo Dominó, tem uma patricinha para cada "perdedor" (usa-se esse vocabulário em português?). Enfim, é muita gente, muito diálogo sem pé nem cabeça, mas você não consegue se apegar a ninguém. Os protagonistas: Amanda e Daniel aparecem um pouco mais, a Amanda é para ser uma chatinha, isso ela conseguiu. Já o galã, que cara é esse? Que pastel? Cadê a atitude? A moça faz o que quer com ele e ele ainda pede desculpas. Devo ser velha mesmo... Devo ser do período A.C. (antes de Crepúsculo), por isso não entendo.
Além disso, senti falta dos pais. Quase todo mundo mora sozinho com dezesseis anos. Os pais viajam, deixam casas, cartões de crédito e filhos de dezesseis anos com o carro e comprando cerveja em qualquer lugar na maior. Nenhum conflito dessa natureza. Tudo de boa. Também não sou desse tempo. Sinto falta de pai e mãe dando conselho e bronca, sabendo o que os filhos estão fazendo. Enfim, no meu tempo era assim... Rolava nem que fosse uma mentirinha da boa para enrolar os pais. Mas, convenientemente, em Sábado à Noite, os pais nunca estão presentes e nem querem saber por onde os filhos andam quando vão para festas e não voltam tão cedo...
Pode ser que a fanfic (o projeto original do livro foi uma fanfic) tivesse um pouco mais de verossimilhança, afinal, alguns desses problemas se resolvem se nós falarmos da juventude americana. Mesmo assim, acho que eu não gostaria de ter lido. As situações do livro não me convenceram, não só o lance dos pais, mas outras coisas como um trabalho de dia dos namorados fora de época em que a professora vai juntar duas turmas, as patricinhas detestam os perdedores, mas, adivinha o que acontece: cada patricinha vai cair justamente com o seu perdedor específico. Só uma fica com um qualquer, porque o perdedor dela é de outro ano, mas o cara dá um jeito de fazer o trabalho com ela também.
Achei até o clímax fraco. Amanda não fica com o Daniel por causa de uma amiga patricinha. Mas tá todo mundo vendo que a amiga tá adorando e dando bola para o perderdorzinho específico dela. São dez pessoas na estória, todos amigos entre si, mas ninguém fala nada sobre isso.
É brincadeira.
Enfim, comecei mal minha listinha de livros para o carnaval.

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